Eugene Peterson
"Um dos nossos objetivos era desenvolver uma comunidade espiritual na nova Igreja onde chegamos. Achei que seria muito fácil: convidaríamos essas pessoas para virem a nossa casa, oraríamos juntos, cantaríamos alguns hinos e chegaríamos lá. Bem, simplesmente não aconteceu. Então uma mulher jovem de nossa congregação morreu de câncer. Tinha 31 anos de idade e seis filhos. Perto de um mês depois que ela morreu, o pai foi demitido do trabalho e depois perdeu sua casa. Levamos aquelas crianças para nossa casa. De repente, as coisas começaram a acontecer. Comida era deixada na soleira da porta; as pessoas ligavam, levavam as crianças para sair e as recebiam em suas casas. Era quase como se tivéssemos chegado a um lugar de crítica confusão. Então simplesmente explodiu, e de repente tínhamos uma comunidade na congregação. E continuou assim. A hospitalidade aumentou, e as pessoas passaram a se interessar umas pelas outras. Parecia quase um milagre, e só foi preciso um único incidente para servir de gatilho. Todas as nossas tentativas anteriores de criar comunidade agora davam fruto por termos atendido a uma necessidade que não fazia parte de nossa estratégia."
Peterson, E. Espiritualidade Subversiva, SP, Mundo Cristão, 2009
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