segunda-feira, 25 de abril de 2011

Comunidade que surge no momento da dor.

Eugene Peterson

"Um dos nossos objetivos era desenvolver uma comunidade espiritual na nova Igreja onde chegamos. Achei que seria muito fácil: convidaríamos essas pessoas para virem a nossa casa, oraríamos juntos, cantaríamos alguns hinos e chegaríamos lá. Bem, simplesmente não aconteceu. Então uma mulher jovem de nossa congregação morreu de câncer. Tinha 31 anos de idade e seis filhos. Perto de um mês depois que ela morreu, o pai foi demitido do trabalho e depois perdeu sua casa. Levamos aquelas crianças para nossa casa. De repente, as coisas começaram a acontecer. Comida era deixada na soleira da porta; as pessoas ligavam, levavam as crianças para sair e as recebiam em suas casas. Era quase como se tivéssemos chegado a um lugar de crítica confusão. Então simplesmente explodiu, e de repente tínhamos uma comunidade na congregação. E continuou assim. A hospitalidade aumentou, e as pessoas passaram a se interessar umas pelas outras. Parecia quase um milagre, e só foi preciso um único incidente para servir de gatilho. Todas as nossas tentativas anteriores de criar comunidade agora davam fruto por termos atendido a uma necessidade que não fazia parte de nossa estratégia."

Peterson, E. Espiritualidade Subversiva, SP, Mundo Cristão, 2009

Nenhum comentário: